Com o fechamento de escolas e isolamento social devido às ações para conter a propagação da pandemia de coronavírus, crianças e adolescentes de todo o Paraná precisam de cuidados especiais. Por isso, Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), Conselho Estadual dos Direitos da Criança (Cedca) e Conselhos Tutelares o estado estão atuando em conjunto.

Além ter sua rotina diária modificada, as crianças também podem se transformar em alvo de ameaças à sua segurança e ao seu bem-estar neste período de reclusão, incluindo maus-tratos, exploração sexual, exclusão social e separação de cuidadores. “Estamos preocupados com o possível aumento no número de denúncias de abusos e agressões a crianças e adolescentes durante a quarentena, já que pais e mães estão lutando para cuidar de suas crianças e manter o equilíbrio financeiro, gerando um grande estresse social, além do que a ausência de aulas deixa este público mais vulnerável”, explica o secretário Ney Leprevost.

Uma das primeiras ações foi o envio de um comunicado do Cedca aos conselheiros tutelares, alertando sobre como a Covid-19 vem mudando a vida de crianças e suas famílias, aumentando o risco violência doméstica contra mulheres e meninas, bem como abusos.

Angela Mendonça, presidente do Cedca e chefe do Departamento de Política para a Criança e o Adolescente da Sejuf, lembra a importância do Disque-Denúncia 181, que recebe denúncias de abuso e agressão a crianças e adolescentes 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados, com discagem gratuita e de forma anônima. “É importante ficar de olho na vizinhança, entre os amiguinhos dos filhos, a qualquer sinal de maus-tratos. Nessa hora, todos somos guardiões”, diz Ângela. Ele lembra que a campanha “Não engula o choro” busca a conscientização nesse sentido e que os flyers e cartazes estão disponíveis para donwload no site da Sejuf.