Ferramentas online são a garantia de continuidade de atenção aos adolescentes em privação de liberdade 10/08/2020 - 12:01

Em tempos de pandemia, quando o isolamento tem sido uma alternativa eficaz para evitar a propagação do Covid-19, a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho vem buscando novas estratégias de trabalho, que estão sendo aplicadas no Departamento de Socioeducação, assegurando os direitos dos adolescentes em privação de liberdade. A utilização da ferramenta de comunicação online vem sendo utilizada em ligações entre adolescentes e seus familiares, conversas com advogados ou com defensores públicos, atendimentos psicológicos e também no “Estudo do Caso”.  

“Conseguimos manter uma comunicação remota entre os adolescentes, seus familiares e profissionais buscando um atendimento humanizado e com a rapidez que a tecnologia nos proporciona”, explicou o secretário Mauro Rockenbach, parabenizando os profissionais que trabalham remotamente, principalmente no caso do processo de desligamento de adolescente em cumprimento de medida socioeducativa. 

O “Estudo de Caso” aconteceu no Cense Joana Richa, em Curitiba, de forma remota com a participação de representantes do Creas Santa Felicidade, do Conselho Tutelar, Fundação de Ação Social (FAS) e do Ministério Público representado pela promotora Daniele Tuoto onde, por meio de reuniões online, foi garantida o compartilhamento das responsabilidades, extremamente necessário para efetivar o trabalho das equipes. “As equipes dos Centros de Socioeducação têm buscado utilizar ferramentas diversas para facilitar e garantir o diálogo com as redes de apoio, articulando os encaminhamentos necessários para auxiliar os adolescentes no retorno ao convívio social”, explicou Pancotti, lembrando que a  intersetorialidade perpassa pelas diferentes políticas setoriais, superando modelos fragmentados e visando ações conjuntas e articulação entre os serviços e órgãos, contribuindo para a efetivação dos trabalhos realizados com os adolescentes desde o tempo dentro dos Censes até o retorno ao convívio social e o acesso aos serviços fora das unidades.

Para Lidyana Soares Kelin, diretora do Cense Joana Richa, todas as decisões e ações relativas aos adolescentes devem ser guiadas pelo princípio do melhor interesse e pelo direito das crianças e dos adolescentes à vida, sobrevivência e desenvolvimento. “A articulação da rede sempre foi um grande desafio para as equipes nas unidades e, apesar de ser uma alternativa extremamente necessária e urgente, demanda construção de parcerias em um contexto que se mostra ainda mais complexo com o período de pandemia da Covid-19”, explicou. Todas as ações e o andamento dos processos dos adolescentes que cumprem medida socioeducativa estão recomendadas nos Cadernos de Socioeducação - Caderno Base Teórico Metodológico da Socioeducação, ou seja, materializa uma visão de homem, sociedade e do trabalho socioeducativo, por isso a importância da construção alinhada e coletiva.

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