Paraná dobra número de municípios com certificado internacional "Cidade Amiga do Idoso" 19/04/2022 - 21:27

Em menos de um mês (18/03 a 17/04), o Paraná passou de 12 para 23 municípios com o selo internacional da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) "Cidade Amiga do Idoso". O selo é um reconhecimento às cidades que promovem ações e políticas públicas voltadas a essa população, e que precisam contar com a participação ativa dos Conselhos Municipais da Defesa dos Direitos da Pessoa idosa. "Esse avanço é resultado de uma soma de esforços do Estado, dos governos municipais, da sociedade civil organizada em parceria com os conselhos de direitos, além da união do Poder Legislativo. O melhor exemplo é a deputada Leandre, que faz um trabalho muito qualificado nessa área", afirmou Rogério Carboni, secretário estadual de Justiça, Família e Trabalho.

Carboni conversou com a deputada e titular da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados. "Com o aumento da expectativa de vida dos paranaenses, torna-se necessário definir políticas e ações que assegurem uma vida plena ao idoso", disse o secretário.

DÉCADA DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL - "Hoje, não apenas temos políticas para a saúde da população idosa, mas também políticas nas áreas de mobilidade urbana, educação, cultura e inclusive ações de empregabilidade, já que muitas pessoas idosas querem continuar trabalhando e se tornam um mercado de consumo que precisa de um olhar específico do Poder Público, além de fazer valer os direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso", completou Carboni.

A deputada Leandre, disse que a certificação faz parte das metas da OMS que instituiu que 2021-2030 como a Década do Envelhecimento Saudável. "Estou acompanhando as políticas públicas voltadas para a pessoa idosa no Brasil inteiro e posso afirmar que o Paraná é exemplo a ser seguido".

ESTADO AMIGO DO IDOSO - Segundo Leandre, das 29 cidades no Brasil que têm o selo internacional Amigo do Idoso, 23 são do Paraná. Ela espera que nas próximas semanas mais duas cidades concluam o processo de certificação. "Precisamos seguir avançando para chegarmos ao patamar do selo Estado Amigo do Idoso, uma vontade expressa do governador Ratinho Junior, que com a liderança da Sejuf tenho certeza que podemos chegar lá", disse a deputada.

CIDADES CERTIFICADAS - As 11 cidades certificadas foram: Barracão, Capanema, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Colombo, Enéas Marques, Irati, Planalto, Prudentópolis, Salgado Filho e Vitorino.

Estas se somam aos municípios Bom Sucesso do Sul, Chopinzinho, Dois Vizinhos, Itapejara D’Oeste, Nova Esperança do Sudoeste, Pato Branco, Pérola da Oeste, Realeza, Renascença, Santa Tereza do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste e Sulina, 12 outras cidades que já haviam sido certificadas

EM PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO - Outros seis municípios iniciaram os processos de certificação. São eles: Francisco Beltrão, Londrina, Manoel Ribas, Salto do Lontra e São Mateus do Sul.

"O Estado é um articulador de todo esse processo e a Sejuf é a grande engrenagem que vai fazer com que as cidades se habilitem e consigam promover cada vez mais políticas públicas para que a população idosa possa realmente ser acolhida e reconhecida da maneira que eles merecem", disse o secretário Carboni.

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO – O primeiro passo para pleitear o reconhecimento de Cidade Amiga do Idoso é a elaboração de um diagnóstico sobre a realidade do município, com as principais necessidades e ações voltadas a essa população.

O Paraná conta com uma metodologia própria de diagnóstico, desenvolvida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em conjunto com as universidades estaduais e outras instituições, e baseada no guia global de Cidade Amiga do Idoso e das Cidades Amigas das Pessoas Idosas, da OMS.

A abordagem leva em conta as oito dimensões propostas pela OMS: Ambiente físico; Transporte e Mobilidade Urbana; Moradia; Participação; Respeito e Inclusão Social; Comunicação e Informação; Oportunidades de Aprendizagem; Saúde, Apoio e Cuidado.

“Com o diagnóstico, conhecemos a realidade desse público fazemos a escuta qualificada da população idosa, ouvindo quais são seus principais desafios e demandas. Nosso trabalho é efetivar o que é previsto pela Rede Global de Cidades Amigáveis da Pessoa Idosa e fazer com que essas políticas sejam implementadas nos municípios”, explicou Adriana Oliveira, chefe do Departamento de Políticas para a Pessoa Idosa, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa (Cedi/PR).