Sejuf lança Projeto Redesenhando Histórias para capacitar voluntários na área da dermopigmentação aréolas mamárias 31/03/2022 - 11:33

A Secretaria de Justiça, Família e Trabalho do Paraná (Sejuf), através do Departamento de Garantia dos Direitos da Mulher, e em parceria com a Associação Brasileira de Dermopigmentação Paramédica e Anaplastologia (Abradepa), lançou nesta quarta-feira, 30, no Palácio das Araucárias – gabinete do secretário Ney Leprevost -, o Projeto Redesenhando Histórias. Na ocasião foi assinado um Protocolo de Intenção entre as partes. O objetivo do projeto é, por meio de um curso presencial, capacitar profissionais na área da dermopigmentação paramédica de aréolas mamárias, através do voluntariado. Seu início está programado para acontecer na segunda quinzena do mês de abril.          

Segundo o secretário Ney Leprevost, da Justiça Família e Trabalho, “o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Todo esforço no sentido de amparar a mulher nessa área delicada é relevante. Assim, estamos lançando esse projeto com o objetivo de melhorar consideravelmente sua autoestima e qualidade de vida”.

No ato de assinatura do Protocolo de Intenções, o secretário Ney Leprevost se dirigiu às presentes ressaltando ainda: “Desejo parabenizar a todas vocês especialmente pelo trabalho voluntário, porque o serviço mais lindo que uma pessoa pode prestar ao próximo é o serviço de voluntariado. Porque é o que ela dá o que de mais precioso ela tem, que é o seu tempo. Nada na vida da gente é mais importante do que o nosso tempo. A gente tem que dividir o tempo entre o trabalho, entre a família, entre o lazer, entre as obrigações. Então, quem é voluntário merece um reconhecimento, um agradecimento, porque doa o tempo. E doar tempo é doar vida. Por isso que eu gosto tanto do trabalho que vocês desenvolvem”.

A importância da parceria - A dermopigmentadora paramédica, e presidente da Associação Brasileira de Dermopigmentação Paramédica e Anaplastologia (Abradepa), Dra. Simone Borges é quem vai ministrar o curso do projeto Redesenhando Histórias. Para ela, “a importância dessa parceria com a secretaria é poder trabalhar com as mulheres de câncer de mama, fazendo a reconstrução e elevando a autoestima delas, podendo redesenhar um novo recomeço. Porque se essas mulheres que foram submetidas ao câncer de mama passam por diversos traumas. E um deles é a amputação da mama, na mastectomia. Nesse curso vamos buscar oferecer mais conforto psicológico e promovendo sua convivência natural com seu âmbito social. Desejo agradecer ao secretário Ney Leprevost, por acreditar nesse nosso trabalho que, na realidade, vai se estender também às mulheres que sofrem de violência doméstica e às mulheres autistas”.

Estatísticas que preocupam - Para o ano de 2021 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres (INCA, 2020). Segundo a FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de apoio a saúde da mama), os números aumentaram em mais de 20% apenas em 2021, em função da pandemia, visto não terem conseguido realizar o rastreamento. 70% das mulheres com câncer de mama precisam realizar a mastectomia e apenas 20% consegue fazer a reconstrução com próteses ou lipoenxertia, e a demora pode levar até mais de dois anos.

A realização da dermopigmentação é indicada como complemento de finalização da reconstrução e também como resgate a autoestima da mulher.

“Sabemos que a dermopigmentação paramédica não é um procedimento barato e desejamos que o mesmo possa ser acessível ao maior número de mulheres possível, para tal, estaremos capacitando pessoas que possuam o desejo de voluntariar-se e com isso ressignificar a história dessas mulheres”, observa Mara Sperandio, chefe do Departamento de Garantias dos Direitos da Mulher, da Sejuf.

Como é o projeto - O Redesenhando Histórias é realizado por mulheres demonstrando a empatia e resgatando a autoestima e o psicológico de outras mulheres, seja através do voluntariado ou da reconstrução, com a finalidade de reintegra-las ao convívio familiar e social. Em seu lançamento, na Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, o projeto já conta com 30 voluntárias paramédicas, micropigmentadoras, enfermeiras, instrumentadoras cirúrgicas, da Humsol e das voluntárias das Redes de Apoio e da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Seu conteúdo envolve Fisiologia da fixação de pigmentos; colorimetria aplicada ao tecido mamário; teoria da reconstrução mamária; técnicas de aplicação de micropigmentação corretiva com agulhas lineares e circulares; efeitos especiais de pigmentação de aréolas: pós-mastectomia, mastoplastia, acentuação de cor e aumento e anamnese aplicada à micropigmentação. Nele serão consideradas as seguintes temáticas: entendendo diferentes tipos de reconstrução cirúrgica e a pele; protocolo para atendimento; desenhando aréolas realistas; conhecendo o aspecto realista; cor, luz e sombra – interfaces; efeito 3D; luz e sombra para projeção do mamilo; colorimetria; efeito realista para casos de mastectomia; avaliação de aptidão visual; medidas e passos; biossegurança e legislação  aplicada à micropigmentação de aréola; aplicação; cuidados pós-procedimento; a partir de quanto tempo é possível fazer o procedimento de micropigmentação;  apresentação aparelhos; agulhas pigmentos e anestésicos.

(Via assessoria de imprensa – Josias Lacour)