No “Dia de Combate ao Tráfico de Pessoas”, lembrado mundialmente em 30 de julho, o Governo do Paraná por meio da Secretária da Justiça, Família e Trabalho, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, promove o 4º Seminário de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, para alertar toda a população sobre as formas, meios e fins de aliciamento das vítimas, bem como sobre a violência da exploração em todas as suas vertentes. 

A transmissão online será realizada nesta quinta-feira (30), das 16 às 18h30,  no endereço eletrônico http://abre.ai/sejufparana, e contará com a presença de representantes da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho do Paraná; Polícia Rodoviária Federal; Ministério Público do Trabalho; Polícia Federal; Câmara Técnica de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Foz do Iguaçu; Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; Departamento de Migrações do Ministério da Justiça e Segurança Pública.  “É um crime que coloca em risco a vida e a dignidade de pessoas”, disse o secretário Mauro Rockenback, reafirmando a importância de informar e conscientizar a população sobre a seriedade de denunciar possíveis situações de tráfico humano.
 
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, Ismael de Oliveira, disse que reafirma a parceria com a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho neste importante evento. “É com grande satisfação e empenho que será realizado o 4º Seminário de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, disse ele, lembrando que a ação vai evidenciar e consolidar a importância do tema, com discussões tradicionalmente desenvolvidas nas ações temáticas dessa data.

Para o chefe do Departamento de Defesa dos Direitos Fundamentais e Cidadania da Sejuf, Paulo Sérgio Sena, o seminário é de vital importância para a difusão de informações e do conceito de que o tráfico de pessoas é atividade criminosa e merece atenção contínua da sociedade e dos poderes constituídos, mormente neste momento de crise de saúde pública e econômica, fruto da Covid-19 (coronavírus). "O agravamento conjunto desses dois pilares da dignidade humana, saúde e subsistência/trabalho, expõe ainda mais as pessoas ao tráfico humano, situação a ser combatida por todos os meios disponíveis”, disse ele.

A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná, Silvia Xavier, explicou que é preciso falar sobre tráfico de pessoas para que a população entenda que este crime existe. “A conscientização ajuda a prevenir casos futuros", explicou.

O que é

A Organização das Nações Unidas (ONU), no Protocolo de Palermo (2003), definiu o tráfico de pessoas consiste no ato de comercializar, escravizar, explorar e privar vidas, caracterizando-se como uma forma de violação dos direitos humanos por ter impacto diretamente na vida dos indivíduos. 

Segundo dados da ONU, o tráfico de pessoas é, em todo o mundo, o terceiro negócio ilícito mais rentável, logo depois das drogas e das armas. Essa prática não exclui nenhum país, nem indivíduos e as mulheres, crianças e adolescentes sejam as principais vítimas. 

Os países mais vulneráveis ao tráfico de seres humanos e à exploração sexual são os marcados pela pobreza, instabilidades políticas, desigualdades econômicas, países que não oferecem possibilidade de trabalho, educação e perspectivas de futuro para os jovens.

De acordo com o relatório publicado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodoc), um total de 63,2 mil vítimas de tráfico de pessoas foram detectadas em 106 países e territórios nos últimos anos.  

Como denunciar

O disque 100, o telefone dos Direitos Humanos é um serviço de ligação direta e gratuita disponível para todo o Brasil. A ferramenta também pode ser acionad…